terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Governadora recebe universitários de todo o país para o Rondon no Seridó

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A governadora Rosalba Ciarlini fez palestra, neste domingo, 22, em Natal, para 400 jovens, entre universitários e professores de todo o país. Eles vão ficar no Estado até o dia 07 de fevereiro, na Operação Seridó, do Projeto Rondon, coordenado pelo Ministério da Defesa.
Além dos selecionados para atuarem em 20 municípios da região, na platéia estavam representantes do Exercíto, Marinha e Aeronaútica, prefeitos do Estado e o ministro da Defesa, Nelson Jobim.
“Vou agora ser guia turístico”, se autodenominou a governadora, para quem os universitários devem trabalhar para melhorar a vida dos potiguares, mas também precisam aproveitar as belezas naturais. E entre esses atrativos, citou os castelos Engandy ( Caicó ) e Bivar (Carnaúba dos Dantas), o açude Itans, mina Brejuí ( Currais Novos), sítios arqueológicos e outras potencialidades como o bordado do Seridó e a gastronomia que tem como forte o queijo e a carne de sol.
Para vender institucionalmente o Rio Grande do Norte, a governadora não se limitou ao Seridó. Lembrou das praias de Natal e Costa Branca e que o Estado é responsável por 96% do sal consumido no Brasil; produz camarão, fruticultura irrigada, minérios como ferro e a Chelita, energia eólica, petróleo e gás natural. Potencialidades que, na opinião da governadora, perderam mercado por falta de incentivo do governo do Estado. “Infelizmente nos últimos 8 anos, perdemos para o Ceará”, declarou, se referindo à produção de camarão e friticultura, atividades que tiveram muitas empresas se transferindo para o vizinho Estado pelos incentivos fiscais ofertados. “Mas, esse quadro vai mudar”, assegurou.
Além desses problemas que comprometeram a economia do Rio Grande do Norte, a governadora reclamou do baixo desempenho na Educação. “Temos 20% de analfabetos”, contou, dizendo aos estudantes que apesar deles se depararem com situações de extrema pobreza em alguns municípios escolhidos para a Operação Seridó, eles terão uma boa acolhida. “O forte do Seridó é a sua gente”, ressaltou a governadora que falou, ainda, de interiorização de indústrias, programa do leite, combate à mortalidade materna- anunciando parceria com o cientista Nicolélis para a implantação dos centros de conhecimento científicos- , artesanato e outras ações que garantem o desenvolvimento sustentável. “Estou fazendo uma miscelânia para vocês conhecerem o nosso Estado”, disse, convidando os participantes para a Feira de Artesanato e Arte (FIART) que começa nesta terça-feira, no Centro de Convenções, com a participação de 20 países. O tema central será o bordado de Caicó.
Embora tenha evitado falar da crise financeira do Estado, Rosalba foi obrigada a fazê-lo indagada por um professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) sobre quais as prioridades para o turismo diante desse quadro. “Fui eleita com a proposta de mudança. Nosso Estado tinha apenas 1% para investimentos; perdemos recursos para o saneamento básico e outras ações por falta de contrapartida. Havia um desequilíbrio fiscal. Não vamos apenas recuperar esses prejuízos. Vamos avançar”, garantiu, retomando a conversa leve com os jovens.
O tom de descontração usado pela governadora causou boa impressão aos visitantes. Os rondonistas aplaudiram Rosalba de pé. A informalidade estimulou muitos deles a fazerem perguntas à governadora sobre o que encontrarão nos municípios onde permanecerão nos próximos 15 dias com ações de saúde, educação e muitas outras de cidadania.
Ministro pede que estudantes ajudem ao Brasil quitar débito com o Nordeste
Natural do Rio Grande do Sul, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, acha que o projeto Rondon é uma oportunidade para as regiões sul e sudeste quitaram a dívida social que têm com o Nordeste. “É um projeto de integração do Brasil. Precisamos superar as divergências regionais”, afirmou Jobim.
O ministro disse que o Nordeste foi vítima de injustiça tributária. “O sistema sempre fez com que os impostos cobrados nas regiões Norte e Nordeste fossem para o Sul/Sudeste”, reforçou, acreditando que esse aspecto será entendido pelos universitários como fundamental para o desenvolvimento da missão que eles assumiram. “Façam o que vieram fazer, até com humor, mas compreendam que fundamentalmente o Brasil deve respeitar as diferenças, com igualdade social”, aconselhou Jobim, que também destacou os 20% de analfabetismo lembrado pela governadora.
Rosalba, aliás, aproveitou o discurso do ministro, para pedir apoio para o aeroporto de São Gonçalo. “Sei do seu interesse para que essa obra seja inaugurada”, frisou, dizendo ter confiança que a presidenta Dilma Roussef também verá essa obra como imprescindível para o desenvolvimento do Rio Grande do Norte.

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