Deu no
Congresso em Foco
que agora nada de Aécio Neves (PSDB-MG). O alvo maior da preocupação do PT a
partir de agora é alguém que, pelo menos oficialmente, é aliado do partido e do
governo da presidenta Dilma Rousseff: o presidente do PSB e governador de
Pernambuco, Eduardo Campos. É o que se depreende dos bastidores da reunião que
a bancada do PT no Senado teve ontem (30) com o presidente do partido, Rui
Falcão, para avaliar os resultados do segundo turno das eleições municipais, os
efeitos do julgamento do mensalão e as estratégias para o futuro. E a conclusão
foi a seguinte: é preciso ficar muito atento aos próximos passos dados por
Eduardo Campos.
O PT venceu a principal eleição do país, com a vitória de
Fernando Haddad em São Paulo. Foi também o partido que mais prefeitos elegeu entre
as 85 maiores cidades do país. Cresceu em número de prefeituras, enquanto todos
os partidos de oposição decresceram. Apesar dos vários motivos para
comemoração, tratava-se de uma reunião de derrotados. Nenhum dos senadores que
se candidatou a prefeito – no PT e em outros partidos – obteve êxito. Assim, a
reunião com Rui Falcão acabou sendo mais de queixas. E as queixas
concentraram-se especialmente em Eduardo Campos.