Quase três anos após a maior enchente da história de
Pernambuco, vítimas da tragédia ainda esperam pelas casas prometidas à época
pelo governador do Estado, Eduardo Campos (PSB).
A Folha visitou as cidades de Maraial, Água Preta,
Barreiros e Palmares, todas parcialmente destruídas pela cheia de junho de
2010.
Para erguer novas moradias aos desabrigados desses
municípios, o governo de Pernambuco recebeu R$ 50 milhões do Ministério da
Integração Nacional para obras de terraplanagem e outros R$ 151 milhões da
Caixa Econômica Federal para construção e doação de 3.600 unidades. Tudo em
caráter emergencial.
Como gestor da Operação Reconstrução, o governo de
Eduardo Campos assumiu a tarefa de indicar terrenos, escolher construtoras,
cuidar da infraestrutura de água, esgoto e energia elétrica e cadastrar
beneficiários.
"Nós juntos vamos reconstruir como outras nações
conseguiram se reconstruir", disse Campos em julho de 2010, no discurso em
que se lançou à reeleição no Estado.
Aposta do PSB para a Presidência em 2014, Campos tem alta
popularidade em Pernambuco e vem ensaiando um desembarque da base de apoio do
governo de Dilma Rousseff sob o mote de que "é possível fazer mais".