quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Para Henrique Alves, fim do voto obrigatório é urgente

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O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB), anunciou ontem, em rede nacional de rádio e televisão, que a Casa deve votar emenda constitucional de reforma política, no próximo ano, "para discutir o fim do voto obrigatório, o financiamento das campanhas e a reeleição no Executivo".

A agenda de Alves é uma resposta da Câmara a decisões que o Supremo Tribunal Federal (STF) vem tomando sobre assuntos que a Casa considera de exclusiva competência do Legislativo, como o financiamento das campanhas eleitorais. O Supremo está a dois votos de declarar inconstitucional a doação de empresas privadas às campanhas. A omissão do Legislativo é um dos argumentos do STF para avançar em assuntos da alçada legislativa.

A votação em curso no STF está suspensa, devido a um pedido de vistas do ministro Teori Zavascki, mas se for confirmada terá repercussão já sobre as eleições de 2014, de acordo com ministros, pois não se aplicaria ao caso o princípio da anualidade, segundo o qual as mudanças de regras devem necessariamente ser feitas no prazo de um ano antes da disputa eleitoral.

O anúncio de Alves é mais um capítulo na disputa entre os dois poderes, que inclui, entre outras decisões, a recusa da Câmara em cassar mandatos de deputados condenados pelo Supremo.

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