segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Kerginaldo e Flavio Veras simularam rompimento político para enganar TJ, MP e eleitores de Macau

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Foi amplamente divulgado o suposto rompimento político entre o prefeito Kerginaldo Pinto de Macau e o ex-prefeito e seu mentor, Flavio Veras. Anunciaram troca de agremiação e tudo mais. Com o afastamento de Kerginaldo da prefeitura, após o Ministério Público denunciar irregularidades nos contratos de terceirização daquele poder público, ficou escancarada a artimanha.

Conforme o MP, Kerginaldo falsificou documento e coagiu servidores para que eles dessem declarações de que Flavio Veras estava impedido de ingressar na sede da prefeitura de Macau. A demonstração de distanciamento formal tinha o objetivo de apresentar que Flavio Veras não exercia qualquer tipo de influência sobre a viúva.

Com isso, Flavio Veras teve sua prisão relaxada pelo Tribunal de Justiça, que entendeu que o dito cujo, sem contato com o poder público, não oferecia perigo no sentido de colocar em prática os crimes em que era acusado, nem coagiria testemunhas e muito menos destruiria provas.

A manobra foi descortinada pelo transcorrer dos acontecimentos. Os dois nunca romperam de fato. Foi apenas jogo para o Tribunal de Justiça e o Ministério Público, conforme este último poder.

Além disso, a encenação tinha outra intenção – dividir a oposição no pleito municipal de 2016 em Macau. A estratégia é clássica em eleições em que há apenas um turno e o vencedor não necessita obter maioria de 50% + 1. Kerginaldo sairia em busca de sua reeleição. Flavio, supostamente na oposição, lançaria outro concorrente. O outro grupo oposicionista também apresentaria um terceiro postulante. Com a força da máquina, Karginaldo precisaria atingir uma quantidade menor de votos, na medida em que os votos da oposição estariam divididos. Pelo jeito, em decorrência da alteração do cenário, não colou.

Por Daniel Menezes

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