A advogada Janaína Paschoal, uma das
autoras do pedido de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT),
lamentou na manhã desta sexta-feira (19), as denúncias contra o senador
Aécio Neves (PSDB-MG), candidato derrotado à Presidência em 2014.
“Em profunda tristeza, não por mim, mas
por Tancredo Neves, entendo que seu neto não tem mais condições de
compor o Senado Federal”, declarou a advogada em uma série de postagens
no Twitter.
— Como se mancha o nome de um verdadeiro
herói nacional, um mito, por dinheiro? O nome tem peso. O neto de
Tancredo não poderia ser um político como outro qualquer.
A delação de Joesley Batista, da JBS,
revelou que o empresário gravou Aécio pedindo R$ 2 milhões para sua
defesa na Lava Jato. O valor teria sido entregue em espécie ao primo do
tucano, que teria tratado de entregá-lo a uma empresa do filho do
senador Zezé Perrella (PMDB-MG) em Belo Horizonte. Segundo as
investigações, Andrea Neves, presa na manhã de quinta-feira (18), em
Belo Horizonte, foi quem articulou o encontro entre o irmão e Joesley.
“Quando pedi o impeachment da Presidente
Dilma, eu disse que também pensava em seus netos. E eu estava falando a
verdade”, escreveu Janaína Paschoal.
— Naquele momento, pensei nos netos; neste, penso no avô. Não consigo parar de refletir sobre a decepção de Tancredo.
R7, com Estadão