O sergipano José Costa dos Santos, 53,
começou a sua vida empreendedora vendendo coco em um carrinho pelas
praias de Santos, no litoral sul de São Paulo, em 1982. Seis anos
depois, o negócio prosperou e ele conseguiu comprar um quiosque e abrir o
Zé do Coco, no Canal 6.
Com a venda de coco na praia, o
empresário conseguiu comprar quatro apartamentos -três em Santos, no
bairro nobre da Ponta da Praia, e um em Aracaju (SE)- e pagar a
faculdade das duas filhas.
Atualmente, Santos diz que chega a
vender até 100 mil cocos por mês, na alta temporada (dezembro, janeiro e
fevereiro), e até 30 mil, nos demais meses do ano. A unidade de coco
custa R$ 4 (na alta temporada) e R$ 3 (nos demais meses do ano).
O faturamento e o lucro do negócio não
foram revelados, mas se considerarmos somente a venda de coco, na alta
temporada, o faturamento deve chegar a R$ 400 mil nesse período. Santos
também vende queijadinha e cocadas, por R$ 4 cada uma.
“Eu consigo manter um preço bom o ano
todo porque compro o coco diretamente do produtor, em Sergipe, sem
passar por intermediários.” Segundo o empresário, toda a semana chega um
carregamento de coco. No verão, ele recebe até três caminhões por
semana.
Negócio custou o equivalente a R$ 120 mil
Santos afirma que investiu o equivalente
a R$ 120 mil hoje, para abrir o quiosque. Com o dinheiro, ele construiu
um galpão e comprou geladeiras para armazenar o coco, e uma cozinha
para produzir as cocadas.
O negócio, que começou apenas com a
família, hoje conta com oito funcionários. O empresário afirma que, com o
dinheiro do quiosque, conseguiu pagar a faculdade para suas duas
filhas: Renata, 29, que é formada em direito, e Jaqueline, 23, que é
formada em administração de empresas.
Segundo o comerciante, a maioria dos
seus clientes é morador de Santos, e não turista. “Fiquei conhecido na
cidade porque prezo pelo bom atendimento. Não penso em abrir franquia ou
outras unidades porque não poderei estar em todos os lugares.
Sazonalidade deve ser avaliada com cautela
Para Marcus Rizzo, da consultoria Rizzo Franchise, todo negócio que envolve sazonalidade deve ser estudado com cautela.
“As pessoas se entusiasmam com números
fantásticos e acabam não fazendo um bom negócio. Ao estudar a
viabilidade de se abrir um comércio que atua dentro da sazonalidade, é
preciso avaliar o resultado da baixa temporada, que é o que vai
predominar no negócio, e não os melhores números.”
Rizzo diz que vender 100 mil cocos em um
mês é um número muito expressivo. “Ele precisa vender 3.334 cocos por
dia, durante 30 dias. Não duvido que o consiga, afinal, ele atua na
cidade há bastante tempo. No entanto, quem quer abrir um negócio
similar, não deve esperar este resultado tão rápido.”
Onde encontrar:
UOL