POR VEJA
Os jogadores Jakson Follmann, Alan
Ruschel e Neto, e o jornalista Rafael Hanzel, os quatro brasileiros
sobreviventes do acidente com o voo da Chapecoense em Medellín, na
Colômbia, visitaram o local em que a aeronave caiu e o hospital San
Vicente Fundación, onde foram atendidos.
Dia 28 de novembro do ano passado, a
aeronave com a delegação da Chapecoense e jornalistas caiu próximo à
cidade colombiana, onde a equipe catarinense disputaria a primeira final
da Copa Sul-Americana, com o Atlético Nacional. Nessa quarta, às 21h45
(horário de Brasília), os dois clubes, enfim, se enfrentarão no estádio
Atanasio Girardot, dessa vez pelo duelo de volta da decisão da Recopa
Sul-Americana. A Chape tem a vantagem de ter vencido na Arena Condá por 2
a 1.
“Só o amor. O amor é universal, não tem
língua, raça, cor, religião. O amor supera todas as coisas. Quando a
pessoa ama, não precisa saber o que estamos falando. O gesto fala mais
do que palavras. A gente recebeu todo esse carinho já na tragédia. A
gente está tentando contribuir um pouco do que eles fizeram por nós, que
foi inimaginável, incrível e temos um carinho que será eterno. Enquanto
estivermos vivos, vamos retribuir”, comentou Neto, que teve discurso
compartilhado por Follmann.
“Bastante emocionante, um dia que vai
ficar marcado em nossas vidas. A gente está até comentando, Deus pôde
nos trazer de volta à Colômbia. Passa um filme na nossa cabeça e a gente
precisava ver tudo aquilo. A gente sabe que foi muito difícil o
resgate, mas, indo ao local, a gente viu que é o dobro, muito mais
difícil do que a gente imaginava. A gente tinha uma noção, mas não sabia
que era tão difícil chegar lá. A gente estava com os bombeiros, os
policiais, e eles foram anjos da guarda, porque conseguir tirar a gente
de lá. Foram anjos que Deus colocou nas nossas vidas”, disse o
ex-goleiro reserva da Chape.
Encontro
Jakson Follmann, aliás, viveu uma noite
especial depois de encontrar o policial que fez seu resgate em meio a
lama, na cidade de La Union, palco de diversas homenagens na noite dessa
terça e também da entrega de alguns pertences e objetos que foram
recolhidos durante todo o trabalho dos órgãos competentes.
“Estou muito feliz por ter encontrado o
Nelson (policial), o anjo da guarda que Deus colocou na minha vida.
Ontem, quando ele chegou no hotel, eu fui abraçá-lo e gelou meu corpo
dos pés à cabeça. Vai ficar marcado para o resto da minha vida. É um dia
muito especial para mim, porque estou podendo reencontrar o Nelson em
outras condições, em outro estado. Só tenho que dizer muito obrigado ao
Nelson, ao povo colombiano e a todos”, reiterou Follmann, que perdeu
parte de uma de suas pernas.
(Com Gazeta Press)