Sem uma definição sobre sua candidatura à presidência em
2018, a ex-senadora Marina Silva (Rede) criticou a reforma política aprovada
pelo Congresso neste ano e, lembrando o que chamou de “fraude eleitoral” em
2014, afirmou que os grandes partidos estão “privatizando” os meios de campanha
eleitoral.
“O fundo (público eleitoral)
será para eles e o tempo de horário eleitoral será para eles”, atacou Marina,
sobre o fundo público de 1,7 bilhão de reais destinado a financiar as campanhas
eleitorais em 2018. As declarações foram dadas por ela após entrevista no
seminário Amarelas ao Vivo, promovido por VEJA nesta segunda-feira em São
Paulo.
Questionada por jornalistas a
respeito da viabilidade eleitoral de sua eventual candidatura em um quadro de
fragmentação de candidatos e sem alianças com siglas mais robustas que a Rede
Sustentabilidade, Marina afirmou que os grandes partidos “hoje se transformaram
em instituições que são investigadas pela Polícia Federal, o Ministério Público
e a Lava Jato”.
Terceira colocada no pleito de
2014, a líder da Rede reafirmou que as eleições naquele ano, vencidas pela
ex-presidente Dilma Rousseff (PT), foram fraudadas. “O que ganhou a eleição
foram as estruturas, os marqueteiros, o dinheiro desviado da Petrobras, dos
fundos de pensão. Espero que com o trabalho da Lava Jato, tudo que está sendo
investigado, se tenha o arrefecimento da corrupção eleitoral”, completou.