247 – Em outubro de 2014, quando a
revista Veja circulou com uma capa criminosa, usada pelo senador Aécio Neves
(PSDB-MG) para tentar levar a eleição presidencial daquele ano na mão grande, a
presidente Dilma Rousseff fez uma profecia relacionada a todos os políticos que
tinham planos para estancar a sangria. “Eu
quero aqui manifestar meu repúdio a esse tipo de processo, que é um processo
golpístico. Quero dizer que eu tenho uma vida inteira que demonstra o meu
repúdio à corrupção. Eu não compactuo com a corrupção, eu nunca compactuei.
Quero que provem que eu compactuei com a corrupção e não esse tipo de situação
em que se insinua e não tem prova. Nesse caso da Petrobras, ou qualquer outro,
que tenha a ver com corrupção, eu vou investigar a fundo, doa a quem doer.
Quero dizer que não vai ficar pedra sobre pedra”, afirmou.
Dilma foi derrubada pelo golpe mais surreal da história, o dos corruptos
contra a presidente honesta, num processo que tinha uma finalidade: estancar a
sangria da Lava Jato, blindando políticos do PMDB e do PSDB. No entanto, a
profecia de Dilma vem se cumprindo. Com o
strike desta sexta-feira, três dos principais operadores de Michel Temer – José
Yunes, coronel Lima e Wagner Rossi – foram presos, juntando-se a vários outros
que já caíram, como Eduardo Cunha, Geddel Vieira Lima e Henrique Alves.
Se isso não bastasse, o
articulador maior do golpe dos corruptos, senador Aécio Neves (PSDB-MG), também
deve se tornar réu em razão do escândalo JBS. Ou seja: enquanto os golpistas
caem e se afundam em seu próprio mar de lama, Dilma fica de pé.