Aqui segue também, os PARABÉNS de todos que fazem a 93 FM, como também do Blog Carnaúba Verdade, que presta essa homenagem, através desse texto: HISTÓRIA DA MINHA VIDA !!!!
Nasci na manhã de uma terça-feira, em 02 de abril de 1963, no Sítio Ermo, na Zona Rural de Carnaúba dos Dantas. Como minha mãe, D. Benigna, sempre fui muito determinada. Sou a terceira filha de uma família de 10 irmãos, onde foram criados apenas cinco. Iniciei os estudos no Povoado Ermo, e lá fiz a 1ª e 2ª séries, minha Professora foi Maria José, esposa de Dedé Gama. A partir da 3ª série mesmo morando ainda no sítio, tive que vir estudar na cidade. O transporte era sempre alternativo, as vezes vinha no carro do leite do Sr. Quincas Paulino, e outras vezes de bicicleta com os amigos do meu pai.
Muito cedo me interessei nos negócios da família já que meu pai era dono de uma bodega. No ano de 1978 viemos morar na cidade e dei continuidade aos meus estudos. Comecei a namorar muito cedo, e aos quinze anos recebi um recado de um rapaz, que até então, eu não tinha o menor contato, e a partir desse momento passei a enxergá-lo com outros olhos. Sempre fui envolvida em política, meu pai foi eleito vereador de Carnaúba, por cinco mandatos. E num comício no Povoado Ermo retornei ao final dessa noite, no mesmo carro com o dito rapaz, e a partir desse dia começamos a namorar.
Tudo aconteceu muito rápido, namoramos, e depois de apenas um mês de namoro, noivamos, e logo seis meses depois, estávamos casados. Fomos morar inicialmente com a minha sogra D. Estelita, e três meses depois fomos morar dentro da Padaria São João. A partir desse momento morávamos no trabalho. No ano seguinte fui mãe pela primeira vez, e logo em seguida, vieram a cada ano mais três filhos. Meu esposo muito inquieto resolveu construir uma Padaria em outra cidade, foi aí que nasceu nosso caçula, César. Em 88 meu esposo ingressou na política, sendo eleito vereador da cidade de Carnaúba dos Dantas, e eu fiquei a frente do nosso comércio. Distante da nossa cidade natal, e estando bem equilibrados financeiramente, resolvemos construir em Carnaúba uma fábrica de bolachas, para poder estar mais perto da nossa família e ajudar no desenvolvimento da cidade.
Em 1992, meu esposo resolveu se candidatar a vice-prefeito. Nesse momento eu era esposa, mãe, empresária e coordenadora de campanha, e posso garantir que dava conta de tudo isso. Muito bem financeiramente até então, nos envolvermos de cabeça nessa campanha. Tivemos então que vender a padaria de Parelhas e vir morar dentro da fábrica São João em Carnaúba. Foram tempos muito difíceis, mas, pouco a pouco conseguimos nos reerguer.
Em 1996, mais uma campanha, dessa vez meu marido se candidatava a prefeito, eu temerosa por todos os problemas que já havíamos passado, planejei que não me envolveria muito. Mas, a política é um vício e quando você começa a conhecer os problemas das pessoas mais necessitadas é impossível não querer intervir. Só que eu não sabia que a história se repetiria mais uma vez, e do dia para a noite, estávamos mais uma vez em uma situação muito difícil.
Estava eu vivendo com as grandes decepções da política, e agora diante dos meus filhos que já entendiam tudo o que estava acontecendo. A única coisa que podíamos fazer a partir daquele momento era trabalhar para nos reerguermos. Em 2000, mais um ano de campanha, e em plena campanha tive que passar pelo maior desafio da minha vida, pois no mês de agosto, perdi meu pai. Fiquei muito pensativa na época, entretanto estávamos em uma campanha e como meu pai adorava política não me deixei esmorecer, fiz isso por ele e valeu a pena, pois dessa vez, meu marido, foi eleito prefeito, e agora sim tínhamos como resolver os problemas das pessoas mais necessitadas sem prejudicar o bem-estar dos nossos filhos.
Em 2001, como esposa do então prefeito, Zeca Pantaleão, tive a oportunidade de ser secretária de ação social, cargo esse onde consegui estar a par dos problemas mais urgentes da população mais necessitada do nosso município. Foram anos bons pois conseguimos realizar muita coisa boa pela nossa cidade.
Logo depois, voltamos a vida de um cidadão normal, a frente da empresa da família, pois precisávamos garantir o futuro dos nossos filhos. Em 2005, casou nossa filha, e um ano depois nasceu minha primeira neta. Foi um momento muito emocionante, já que me via agora: esposa, mãe, avó e empresária. E a nossa vida familiar prosseguiu normalmente, na tranqüila cidade que moramos.
Foi então, que o meu filho mais velho, Rômulo, depois de uma experiência muito difícil no exterior resolveu ficar a frente do comércio da família. Nesse ponto meu primeiro neto, do sexo masculino nasceu, trazendo muita alegria.
Hoje, quem comanda a empresa são meus filhos. Atualmente, sou esposa, mãe, avó e dona de casa. Tenho a vida que qualquer pessoa poderia pedir a Deus! Uma vida tranqüila ao lado dos meus filhos e meu esposo! Uma vida comum, sem grandes desgastes, e estou pronta para encarar outros desafios, se assim Deus permitir, pois ele com certeza está olhando por todos nós.
PARA TIDA PANTALEÃO