Estadão Conteúdo - O presidente da Câmara,
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ironizou o confronto entre integrantes da CUT e
policias militares do lado de fora da Casa. Os manifestantes são contra o
projeto que regulamenta o trabalho terceirizado no País.
“Quando mais agridem, mais dá vontade de
votar”, disse.
“Cada vez que há uma pressão
dessa, exercida de forma indevida, o plenário tem de responder votando”,
afirmou. O presidente defendeu a legitimidade do Congresso de votar a
matéria.
“Temos de ter o direito de exercer a nossa
representação, o povo nos colocou aqui. Ser feito protesto ou qualquer coisa
dessa natureza é legítimo, mas quando parte para agressão, depredação e o baixo
nível que imperou na Casa aqui hoje, o Congresso tem de reagir”,
disse.
Cunha afirmou que recebeu centrais sindicais favoráveis ao
projeto e apenas a CUT não negociou com ele sobre o projeto que, segundo o
presidente, “de 23 artigos, 19 protegem o trabalhador”.
“Das centrais sindicais, quatro estiveram
comigo hoje fornecendo apoio. Uma foi questionar um único ponto, que é o ponto
central do projeto”, disse. “Essa organização é a CUT,
que está promovendo a ação que depredou a Casa”. O presidente
disse que deputados envolvidos na confusão serão punidos por incitação à
violência. “Parlamentares que incitaram multidões a
quebrar ou invadir foram devidamente fotografados, filmados, e serão submetidos
à corregedoria”, anunciou. “Haverá sanções, porque um
parlamentar não pode estimular atos dessa natureza. Vamos submeter à
corregedoria que sugerirá a sanção devida a cada parlamentar por quebra de
decoro”, disse.