
Após denúncia de interdição do Hospital Regional de
Canguaretama pela Vigilância Sanitária (Suvisa), o Sindicato dos Médicos do RN
(Sinmed RN) realizou visita a unidade de saúde para entender os motivos do
fechamento e cobrar uma solução para a população de mais de 34 mil habitantes
da cidade, além de outras quatro cidades da microrregião, que necessitam deste
hospital.
De acordo com a Suvisa, a unidade inteira foi interditada devido ao risco
sanitário que oferece aos pacientes internados no hospital.
Porém, o desmonte da estrutura já ocorre desde o início do ano quando
houve diminuição de leitos – reduziu de 40 para 20 leitos de internamento – e
médicos anestesistas da unidade foram transferidos, impossibilitando cirurgias
no hospital fazendo com que a unidade funcionasse apenas com internamento
clínico.
“O fechamento do Hospital Regional de Canguaretama é um crime contra a
população da cidade e região. É necessário que o governo do Estado recupere a
infraestrutura do hospital e devolva ao povo que necessita de seus serviços. O
dinheiro que o governo vai economizar com o fechamento vai provocar muita dor e
sofrimento à população”, lamenta Geraldo Ferreira, presidente do Sinmed RN.
No momento da interdição, de acordo com a diretora do hospital, Liana
Félix, a unidade hospitalar acolhia dois pacientes idosos que deveriam ser
transferidos para a cidade de Santo Antônio, a quase 50 KM de distância de
Canguaretama. Os familiares se recusaram a transferir os pacientes, devido à
enorme distância, e assinaram termo de responsabilidade para fazer o
acolhimento em casa.
O Sinmed RN entende que o Governo do Estado deve fazer a reforma
estrutural necessária para reabrir o hospital e, em um segundo momento, discuta
se quem vai gerir é o consórcio entre os municípios ou o Estado. A população
não pode passar por mais esse descaso com a saúde pública.