- Um empresário do Rio Grande do Norte acursou políticos de
Estado de receberem propina em troca da aprovação de leis. Segundo o programa
"Fantástico", da TV Globo, a denúncia foi feita em delação premiada
de George Olímpio ao Ministério Público.
De acordo com ele, o esquema envolvia a ex-governadora e
atual vice-prefeita de Natal Wilma de Faria (PSB) e o atual presidente da
Assembleia Legislativa do Estado Ezequiel Ferreira (PMDB), além do senador
Agripino Maia (DEM).
Olímpio contou que, entre 2008 e 2011, montou um instituto
para prestar serviços de cartório ao Detran do estado que cobrava uma taxa de
cada contrato de carro financiado no Estado.
"Ficou definido que para o governo ia R$ 15 por
contrato. A média de contratos por mês girava em torno de 5 mil", afirmou. Na delação, o empresário conta que o esquema da propina foi negociado na
residência oficial da então governadora do estado, Wilma de Faria, do PSB
Em um dos trechos da delação, empresário também diz que o
senador Agripino Maia pediu a ele mais de R$ 1 milhão no ano de 2010.
Ao "Fantástico", Agripino Maia negou a acusação:
"É uma infâmia, uma falta de verdade. Está completamente falso e faltando
com a verdade", afirmou (saiba
mais).
Diante do ressurgimento do seu nome na operação Sinal
Fechado, o senador José Agripino também apresentou documento onde o então Procurador-Geral
Roberto Gurgel mandou arquivar, por falta de provas, o processo de investigação
contra ele. Depois do depoimento de Olímpio, o atual Procurador
Rodrigo Janot desarquivou, há cerca de cinco meses, a investigação contra o
senador (leia aqui no blog de
Daniel Dantas).