quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Se não forem socorridas, prefeituras do RN entrarão em colapso em 2016

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O economista Friedrich Hayek, odiado pela esquerda por ser um dos elaboradores das críticas ao estado de bem estar social, sempre foi um opositor da noção de planejamento e, sobretudo, de ajudas setoriais. É que o governo socorre um segmento da economia e acaba atrapalhando os demais. De 2013 para cá, este raciocínio se revelou verdadeiro.

A união desonerou a produção de carros e eletrodomésticos, diminuindo o imposto sobre produtos industrializados (IPI) que incide sobre tais mercadorias. Parte do IPI serve para custear o Fundo de Participação dos Municípios, principal meio de sobrevivência das pequenas prefeituras do Rio Grande do Norte (mas não apenas do RN). Com o incentivo fiscal com recursos alheios, os poderes públicos municipais se viram em situação de extrema dificuldade. É que as contas não fecham.

A Federação dos Municípios do RN informou que um parte das prefeituras do estado pagará o salário referente ao mês de Dezembro de 2015 apenas em 10 de Janeiro de 2016. Justificativa: queda do FPM.

Mas a preocupação maior não é essa. No próximo ano teremos elevação salarial, acirramento da seca e depressão da atividade econômica, consequentemente, da arrecadação. O colapso dessas prefeituras se aproxima. Sem ajuda, elas não aguentarão o tranco.

O irônico disso tudo é que a FIESP apoia o impeachment da presidente Dilma Rousseff e o antipetismo, ao contrário do que o lugar comum alardeado preconiza, bate no teto na que era considerada a já tradicional base de apoio do governo federal; os chamados, com boa carga de preconceito e desconhecimento da lógica local, “grotões”.

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