A reunião da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado desta
terça-feira (23), destinada à leitura do relatório da reforma
trabalhista, começou tumultuada. Parlamentares da oposição tentaram
barrar a leitura do relatório, enquanto o presidente do colegiado,
Tasso Jereissati (PSDB-CE), defendeu que os trabalhos do Legislativo devem continuar apesar da crise política que atingiu o governo
Michel Temer.
Desde que foram divulgadas as delações dos donos do grupo JBS – que atingem diretamente o presidente Michel Temer – parlamentares da oposição têm dito que vão obstruir todas as votações na Casa para que a crise seja debatida.
Apesar
disso, o governo tenta articular para manter o ritmo de tramitação no
Congresso das reformas trabalhista e previdenciária.
O tumulto começou quando os senadores
Gleisi Hoffmann (PT-PR) e
Lindbergh Farias (PT-RJ) protestaram contra a leitura do relatório final do senador
Ricardo Ferraço (PSDB-ES) sobre a reforma trabalhista. A proposta, de autoria do governo
Temer, já foi aprovada pela Câmara.
Ranfolfe Rodrigues (Rede-AP) e o senador
Ataídes de Oliveira (PSDB-TO) quase chegaram a um confronto físico e foram separados pelos seguranças.