Lúbia Gorgete é acusada de integrar quadrilha de roubo a banco em MT
A manicure Lúbia Camilla Pinheiro
Gorgete, de 26 anos, acusada de fazer parte de uma quadrilha de roubo a
bancos em Mato Grosso, voltou a ser presa preventivamente. A prisão foi
decretada pela juíza Selma Arruda, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, no dia
8 de junho. A ré havia conseguido em maio prisão domiciliar por ter
duas filhas menores de idade, mas foi constatado pela Justiça que ela
não tem a guarda de uma das meninas e que a outra não mora com a mãe.
O advogado Rafael Moreira, que defende a
manicure, disse que ela é inocente e que vai recorrer da prisão no
Tribunal de Justiça de Mato Grosso.
Lúbia, que recebia o benefício do Bolsa
Família, foi presa no dia 4 de maio, durante a operação Luxus, da
Polícia Civil, que investigou assaltantes de bancos que ostentavam com
fotos nas redes sociais as viagens e outros gastos com o dinheiro dos
roubos. Na semana passada, a Justiça aceitou denúncia contra os 15
membros da quadrilha. A jovem teria um relacionamento amoroso com um dos
principais integrantes do grupo.
A primeira prisão preventiva da manicure
havia sido decretada pela Comarca de Poconé, a 104 km de Cuiabá.
Entretanto, a defesa recorreu e conseguiu reverter a prisão preventiva
em prisão domiciliar, alegando que a acusada tem duas filhas menores de
12 anos. O Ministério Púlbico do Estado, porém, pediu à Justiça que
Lúbia fosse presa novamente e a acusou de ter participação ativa nos
crimes.
Ao aceitar os argumentos do MPE, a juíza
Selma Rosane disse que, embora Lúbia não tenha antecedentes criminais,
ela tinha importante atuação na quadrilha, “dando apoio material,
logístico e moral” aos criminosos. E abrigou em seu apartamento “os
demais comparsas”, antes e depois dos crimes cometidos.
A magistrada disse ainda que a Justiça
de Poconé foi induzida ao erro ao conceder a prisão domiciliar. Segundo
dados judiciais, a guarda de uma das meninas, de 6 anos, está com a avó
materna, porque Lúbia teria exposto a criança a situações de risco –
consumo excessivo de bebidas alcoólicas e relacionamentos com pessoas
que usavam drogas. A manicure teria ainda permitido que a filha ficasse
sob a responsabilidade de pessoas incapacitadas para isso.
A avó já pediu a guarda da outra menina,
que também mora com ela. “Portanto, à míngua de outros elementos, tenho
que não é o caso de conceder à Representada o benefício da prisão
domiciliar”, disse a juíza na decisão.
A magistrada decretou ainda o bloqueio
de até R$ 2 milhões da conta bancária de Lúbia. O valor é referente a R$
1,2 milhão roubados de uma agência bancária em Cuiabá, e os outros R$
800 mil, foram furtados de um banco em Poconé.
Globo