Cidades do porte de Lagoa Nova, que constituem a maioria dos municípios brasileiros, em geral, não tem receitas próprias e dependem dos repasses da União e do Governo do Estado para existirem. E no caso lagoanovense a realidade é ainda pior, devido ao comprometimento injustificável de mais de 50% do arrecadamento municipal exclusivamente com a folha de pagamento dos professores, que no município recebem bem além da média da região.
Mesmo com uma folha de comissionados irrelevante, não representando nem 5% da arrecadação. A gestão municipal deverá tomar medidas de contenção, ajustes nas folhas de pagamento e revisão de salários. Há casos de duplicidade de gratificações que perduram a mais de oito anos.
Na prática, tais medidas não significam a saída do município do atoleiro imposto pela crise financeira nacional, os altos encargos municipais e as enormes dívidas adquiridas no decorrer das gestões, cerca de 13 milhões de reais. A realidade lagoanovense, não é lá muito diferente de outros municípios, infelizmente uma triste realidade nacional, sem muita perspectiva de melhora.
Por Tonny Medeiros