O comando do PT afirmou nesta sexta-feira
que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva será candidato independentemente
do resultado do julgamento do Tribunal Regional Federal da 4 Região (TRF-4), em
24 de janeiro. O partido garantiu que Lula vai registrar sua candidatura em 15
de agosto e só depois desse prazo discutirá a possibilidade de o petista
tornar-se inelegível — e de, eventualmente, ser substituído até 20 dias antes
da eleição. Até lá, o petista deve fazer campanha.
Segundo a
presidente nacional da legenda, senadora Gleisi Hoffmann (PR), “o jogo não
acaba no dia 24 de janeiro”. “Não estamos aqui assustados com isso [julgamento
do TRF-4] do ponto de vista político-eleitoral”, afirmou Gleisi a jornalistas,
no intervalo da reunião do diretório nacional do PT em São Paulo. O
ex-presidente participa do encontro, que durante toda a manhã traçou a
estratégia jurídica da campanha petista para 2018.
“Lula continua
sendo candidato independente [do julgamento]”, disse Gleisi, afirmando em
seguida que cabe recursos a uma eventual decisão desfavorável a Lula. “Vamos
continuar fazendo o que estávamos fazendo na nossa estratégia político
eleitoral.”
A presidente
nacional do PT disse que “não está em discussão” um plano B no partido. “O que
dá clareza jurídica é que não há como ser tirado o direito do -[ex] presidente
Lula de de ser candidato antes do registro da candidatura. Só dia 15 de agosto,
quando se iniciar a candidatura, é que pode iniciar o processo que discuta a
possibilidade de ele ser ou não candidato”, afirmou Gleisi.
Questionada se Lula
disputará a eleição mesmo em caso de uma eventual prisão, Gleisi desconversou e
repetiu que o petista será candidato. “Lula é candidato e a prisão ou não
depende de como a sentença for dada. Se não for unânime, tem embargos
infringentes, declaratórios e a prisão não se dá imediatamente. Lula é
candidato e vai ser inscrito dentro das regras eleitorais, sem nenhuma exceção
por ser ele”, afirmou a senadora. “Ele vai ser candidato dentro das regras
eleitorais, com os direitos que ele tem, de cidadão brasileiro, de liderança
política importante, do peso político que tem”.