quarta-feira, 16 de maio de 2018

Consulta médica em Macau vira escândalo sexual com briga de versões; Secretaria de Saúde aciona MP

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por Dinarte Assunção

Uma consulta médica. Duas versões. Muitos boatos. O município de Macau foi colocado de cabeça para baixo e o termômetro da confusão está nas redes sociais. O evento começou na cidade, se espalhou na região e chegou na manhã desta quarta-feira à capital em tom de escândalo.

O episódio se passou no Hospital de Macau, onde uma paciente alega ter sofrido abuso sexual ao ser atendida pelo médico Gastone Camilo.

As versões sobre o episódio são desencontradas. Ao apurar preliminarmente o assunto, a secretaria de Saúde do Município rechaçou a possibilidade do ocorrido, saiu em defesa do médico e anunciou que vai representar no Ministério Público do Estado contra os envolvidos.

“Enviamos o assunto ao nosso departamento jurídico. Não há absolutamente nada, nada que desabone a conduta do médico. O desencontro de versões ainda nos faz desacreditar nesse caso. E uso desse episódio para desgastar a administração nos leva a crer que estamos diante de um fato com motivação política”, explicou ao blog o secretário de Saúde de Macaul, Kléber Barreto.

A paciente que diz ter sofrido abuso procurou a delegacia de polícia da cidade onde prestou queixa. Ela não foi localizada pela reportagem para comentar o assunto.

O médico, Gastone Camilo, também não foi localizado, mas chegou ao blog uma nota cuja autoria lhe foi atribuída e de autenticidade checada pela reportagem.

Ele alega que a paciente chegou já indicando dores nos mamas e tirou a blusa para se submeter ao exame. “Não toquei de forma maliciosa em alguém que me acusa sem prova alguma. Se estava sentindo -se desconfortável com qualquer ato, pq não se recusou ou negou ou interrompeu o exame físico? Porque não se queixou a mim de nada no ambiente do consultório? “, indaga o médico, que anunciou que vai processar a autora das acusações.
Cenários

Se a paciente estiver mentindo, ela e os envolvidos em espalhar as informações responderão por calúnia (acusar publicamente alguém de um crime não cometido), difamação (desonrar alguém espalhando informações inverídicas) e comunicação falsa de crime.
A pena para os delitos chega a até quatro anos e seis meses de prisão.
Se a versão do médico for a que não bate com os fatos, ele poderá responder por estupro e violação sexual mediante fraude (enganar alguém para obter sexo).

A pena para os delitos chega a até 16 anos de prisão.

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