No texto, o delegado relata seu passado. Diz que na juventude se filiou ao PT, em 1996, e que os encontros eram “boêmios” e com sexo de todo tipo com mulheres. Além disso, ele enfatiza que só se destacava no partido quem “liderasse alguma coisa.”
“Tinha até líder das bichas, mas surpreendentemente não havia líder das raparigas! Era estranho, pois nunca vi tanta rapariga junta num só lugar. Mulher petista é mulher rapariga, safada, rodada, gostosa de transar e fácil de se apaixonar”, escreveu o delegado.
Em seguida, ele afirma no texto que nenhuma mulher petista aceita que o homem pague a conta e diz que “cada um paga o seu, mas no sexo não há matemática”.
“Vale tudo! Com camisinha, sem camisinha, anal, oral, vaginal, de cabeça pra baixo, de cabeça pra cima, atravessado, torto, esquerdo e até endireitado”, escreve.
Azevedo ainda relembra, em sua publicação, o consumo de bebidas alcoólicas e drogas e lamenta que o PT deixou a sua essência. “Enquanto a burguesia fazia sexo papai e mamãe e seus filhos cheiravam pó na orla, uma revolução se desenhava bem no centro, sob olhares dos edifícios que materializam o Poder do Estado. Pena que o PT deixou de ser raiz.”
O UOL tentou localizar o delegado, na tarde de hoje, mas não conseguiu. Em um texto publicado nas redes sociais, restrito aos amigos, Azevedo se retrata pedido desculpas às companheiras que se sentiram ofendidos pela “linguagem rasa.”
Azevedo justifica que redigiu uma crônica “sob licença poética, o que não tem compromisso com a gente, apesar de me basear na minha história de luta no movimento estudantil e no PT nos anos 90”, diz o delegado, finalizando que “o que ainda nos une é a liberdade.”