Judas do povo
brasileiro. Esta é a definição do governo do PT, de acordo com o deputado
federal Felipe Maia (DEM). Em discurso na tribuna da Câmara, nesta quinta-feira
(10), o parlamentar destacou que o PT traiu a população em troca de R$ 30,7
milhões em doações recebidas pelo Instituto Lula
de empreiteiras envolvidas na operação Lava-Jato e ao cortar
garantias sociais e trabalhistas, como o seguro-desemprego e o Bolsa Família.
“Em troca de 30
moedas de prata, Judas traiu Jesus. Será que não é isso o que o PT está
fazendo, traindo o povo brasileiro em troca de R$ 30 milhões que foram
recebidos pelo Instituto Lula? Será que não é isso o que o PT vem fazendo, cortando
seguro-desemprego, auxílio-doença, Bolsa Família, seguro-defeso e tantas outras
garantias do trabalhador? Será que o PT não é o Judas do trabalhador
brasileiro, o Judas daqueles que mais precisam?”, indagou.
Felipe Maia
destacou que desde a divulgação da delação premiada do senador Delcídio do
Amaral e do depoimento do ex-presidente Lula à Polícia Federal, nenhum deputado
da base de apoio ao governo foi ao plenário explicar as fontes das doações
recebidas pelo ex-presidente. Ao contrário disso, destaca o potiguar, os
parlamentares só fazem ataques e acusações a alguns membros da oposição,
hostilizam a imprensa e as ações da Justiça.
“O que o povo
aguardava era que os membros do PT explicassem de onde saiu o dinheiro que foi
direcionado ao Instituto Lula e justificassem o fato de o ex-presidente ser
acusado de ocultação de patrimônio e lavagem de dinheiro, ao atuar em esquema
que vitimou a Petrobras, empresa que era orgulho do povo brasileiro e que agora
possui uma dívida bruta de R$ 505 bilhões. O povo aguarda que o PT explique por
que o ex-presidente tem, num sítio que ele diz não ser dele, dois pedalinhos
com os nomes dos netos, um apartamento no Guarujá que ele também diz não ser
dele, mas que tem sua foto estampada na parede”, afirmou.
Para o deputado, as
manifestações do próximo domingo, 13 de março, serão expressivas em todo o
país. Felipe Maia argumenta que o sentimento da população é de indignação,
principalmente pelo alto número de pessoas que perderam seus empregos no último
ano, cerca de 1,5 milhão de pessoas. “O sentimento das ruas é de indignação, de
protesto, de revolta. Sem sombra de dúvida o povo irá às ruas no próximo dia
13”, disse.