Os ex-presidentes da Câmara dos
Deputados são acusados de receber propina para favorecer empresas de
construção civil na obra do estádio Arena das Dunas, em Natal (RN)
O Ministério Público Federal (MPF) na 5ª
Região, com sede no Recife (PE), emitiu nesta sexta-feira (16)
pareceres contrários à concessão de habeas corpus a Henrique Eduardo
Lyra Alves e Eduardo Cosentino da Cunha. A prisão preventiva dos dois
ex-deputados federais foi decretada pela Justiça Federal no Rio Grande
do Norte, a pedido do MPF naquele estado. Para o MPF, há indícios de que
ambos praticaram, de forma continuada, os crimes de corrupção e lavagem
de dinheiro.
Henrique Alves foi preso preventivamente
no último dia 6, em Natal (RN), dentro da chamada Operação Manus, um
desdobramento da Lava Jato. Cunha, que já se encontrava preso no Paraná,
por conta de outro processo, tornou-se alvo de um novo mandado de
prisão preventiva. Eles são acusados de receber propina por meio de
doações eleitorais oficiais e não oficiais, nos anos de 2012 e 2014, em
troca do favorecimento de empreiteiras como OAS e Odebrecht, nas obras
do estádio Arena das Dunas, em Natal (RN).