A exemplo de Lagoa Nova, quinta maior cidade
do Seridó, que esse mês de setembro teve uma queda de 16% no Fundo de
Participação dos Municípios (FPM), em relação ao mês anterior. Cidades
do porte de Lagoa Nova, que constituem a maioria dos municípios
brasileiros, em geral, não tem receitas próprias e dependem dos repasses
da União e do Governo do Estado para existirem. E no caso da Prefeitura
de Lagoa Nova a realidade é ainda pior, devido ao comprometimento
injustificável de mais de 50% do arrecadamento municipal exclusivamente
com a folha de pagamento dos professores, que no município recebem bem
além da média da região.
Mesmo com uma folha de comissionados
irrelevante, não representando nem 5% da arrecadação. A gestão em Lagoa
Nova deverá tomar medidas de contenção, ajustes nas folhas de pagamento e
revisão de salários. Há casos de duplicidade de gratificações que
perduram a mais de oito anos. Na prática tais medidas não significam a
saída do município do atoleiro imposto pela crise financeira nacional,
os altos encargos municipais e as enormes dívidas adquiridas no decorrer
das gestões. A realidade do município seridoense não é lá muito
diferente de outros municípios, infelizmente uma triste realidade
nacional, sem muita perspectiva de melhora.
Por Marcos Dantas