Dentre os 35 partidos registrados no TSE (Tribunal Superior
Eleitoral), o PMDB foi o que mais perdeu filiados em 2017. Ao fim do mês
passado, a legenda tinha 2.396.880 integrantes registrados no tribunal, 4.922 a
menos que em novembro de 2016.
A sigla abriu este ano com 2.401.802 peemedebistas. Desde então, o partido
chegou a ter uma redução de 13 mil integrantes de um mês para o outro, entre
agosto e setembro desse ano. Para outubro, houve um súbito crescimento para
2.395.359.
Para o cientista político David Fleischer, professor da UnB (Universidade
de Brasília), os números são reflexo do desgaste público do devido
à quantidade de acusados em crimes de corrupção, entre eles deputados e
senadores, além do próprio presidente Michel Temer, que foi alvo de duas
denúncias oferecidas pela PGR (Procuradoria-Geral da República), em junho e
setembro.
Ambas foram rejeitadas pela Câmara dos Deputados e ficarão suspensas até
que o peemedebista deixe o Palácio do Planalto.
“A mídia tem dado muito destaque a isso. E você têm o chamado ‘quadrilhão
do PMDB’. Isso atacou a imagem do partido e muita gente desanimou e deixou a
legenda”, declarou Fleischer. Para o professor, essa “não é uma boa notícia”
para o ano que vem e deve acender um sinal de alerta para as eleições de 2018.